quarta-feira, 2 de julho de 2008

Cresce número de portadores de hepatite A e C no Nordeste e no Centro-Oeste

Agência Brasil
Dados preliminares de um estudo do Ministério da Saúde apontam para o aumento no número de pessoas infectadas por hepatite A e C nas regiões Nordeste e Centro-Oeste, incluindo o Distrito Federal.
O levantamento é desenvolvido desde 2004 com o objetivo de mapear a ocorrência de hepatite A, B e C nas cinco regiões brasileiras. A idéia é melhorar o atendimento do sistema de saúde no tratamento e prevenção da doença.
No Nordeste, dentre os 292 entrevistados com idade entre 5 e 9 anos, 111 tiveram hepatite A. Na faixa etária entre 10 e 19 anos, das 322 pessoas analisadas, 178 haviam tido a doença.
No Centro-Oeste, de 310 crianças com idade entre 5 e 9 anos, 100 tiveram hepatite A. Dentre as 393 pessoas com idade entre 10 e 19 anos, 220 contraíram a doença.
Segundo a consultora do Programa de Nacional de Hepatites Virais, Kátia Campos, a hepatite é uma doença inflamatória que compromete as funções do fígado. É causada por vários tipos de vírus, com características distintas.
A transmissão da hepatite A é fecal-oral: ocorre pelo contato pessoal e por meio da água e de alimentos contaminados. "Por isso, a melhor forma de evitá-la é fazer investimentos em saneamento básico, para se ter oferta de água de boa qualidade".
As principais medidas de prevenção são manter higiene pessoal --lavar as mãos após ir ao banheiro, ao preparar alimentos e antes das refeições-- beber água tratada, lavar e desinfetar alimentos antes de serem consumidos crus.
No caso da hepatite C, o estudo também aponta o aumento de 1,9% no número de infectados nas regiões Nordeste e Centro-Oeste.
De acordo com a consultora do Ministério da Saúde, "mesmo com tratamento médico, o vírus da hepatite C não é eliminado do corpo". Atualmente, a principal forma de contaminação desse tipo da doença é o compartilhamento de seringas por usuários de drogas injetáveis.
Transfusões de sangue sem a realização do teste de detecção do vírus e uso de instrumentos sem a devida esterilização (como agulhas de injeção, instrumentos de manicure, pedicure, dentista, acupuntura, tatuagens e piercings) também são formas de contágio. Ao contrário da hepatite A, a do tipo C pode se tornar crônica.

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